segunda-feira, 9 de julho de 2012

C&P x Paulo Stekel [ Considerações Finais]


Considerações Finais


Paulo Stekel


A homofobia é um problema mundial, mas no Brasil tem sido minimizada por conta de uma cultura de preconceito arraigado que entende que liberdade de expressão permite não apenas se dizer qualquer coisa que se pense, mas também realizar certas ações como xingamentos, atentado contra a dignidade, bullying e até alguma violência (escorraçar gays de locais considerados “inapropriados”, como restaurantes, bares e boates, considerados “naturalmente” heterossexuais), sem que se deva sofrer as penas da lei por isso.

Esse preconceito que admite certa violência por conta própria é o mesmo que, ainda hoje, tanto tempo após a aprovação da lei anti-racismo, afirma que não há racismo no Brasil da mesma forma que afirma não haver homofobia no Brasil ou perseguição religiosa de parte dos fundamentalistas cristãos contra crenças de origem africana. É uma hipocrisia total que só engana os próprios partidários desta vil e cruel forma de diminuir seres humanos.

Nós, do Movimento Espiritualidade Inclusiva, continuaremos de olho nas ações dos fundamentalistas religiosos, nazistoides e pseudo-intelectuais nacionalistas que pretendem reviver ideologias falidas e comprovadamente genocidas, física e moralmente, para criar no Brasil uma nação não alinhada com a democracia, a liberdade de expressão sexual, os direitos humanos para todos e a cidadania plena.
Agradeço a oportunidade de colocar minhas posições através deste debate e me coloco à disposição de todos os interessados no trabalho desenvolvido no Movimento Espiritualidade Inclusiva.
Paz!

Paulo Stekel
(Coordenador Geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)


Considerações Finais:


C&P - Críticas & Pensamentos

Esperei e não vi as respostas para as questões que levantei:

1.      Promiscuidade homossexual (defendida pelo Paulo Stekel ao dizer que o casamento ‘sic’ homossexual geraria filhos se uma terceira pessoa fosse incluída nesse casamento ‘sic’ apenas para a procriação;);

2.     Perseguição à psicóloga cristã Marisa Lobo (perseguição reconhecida pela OAB-PR) e Rozângela Justino por grupos LGBT;

3.      Depredação dos cartazes colocados pelo pastor Silas Malafaia;

4.      Agressão aos críticos LGBT;

5.      Situação psicológica miserável de crianças criadas por homossexuais;

6.    Mostrei provas, fatos de que os homossexuais são agredidos e mortos pelos próprios homossexuais e não por heterossexuais ou cristãos. Pedi que me mostrasse provas de que são assassinados APENAS por diferença de orientação sexual. Ainda estou aguardando.

7.      Desrespeito às imagens católicas em paradas gays;

8.    Pedi ao Paulo Stekel que apresentasse provas das agressões e homicídios cometidos por heterossexuais contra gays e ele simplesmente fingiu que não leu;

9.   Mostrei que os gays têm os mesmos direitos que qualquer outro brasileiro e meu oponente, novamente, fingiu não ter visto;

10. Mostrei que existem inúmeros ex-gays mais felizes e produtivos do que quando faziam parte do movimento homossexual;

11.  Eu poderia ter ido além e citado, entre outras coisas, o número de contaminados pelo HIV entre os homossexuais que é muito, mas muito maior do que nos heterossexuais. Deixei este assunto para uma próxima ocasião.

Outras questões:

1.   Paulo Stekel teve coragem de se utilizar do Luiz Mott para justificar o termo “homocausto”. Luiz Mott, entre outras aberrações como ter “em sentido bíblico” se relacionado com 500 parceiros diferentes (sic), é conhecido por aparecer pregando o homossexualismo segurando as nádegas de uma estátua de um bebê nu e por ter escrito o conto “Meu moleque ideal”, transcrevo (infelizmente) abaixo, parte desta lástima. Veja se quem escreve algo como isso (observe o nível literário ao qual chegamos) é digno de ser levado a sério (digite “meu moleque ideal” no Google e veja a reação das pessoas):

“Queria mesmo um moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação. De preferência inexperiente de sexo, melhor ainda se fosse completamente virgem e que descobrisse nos meus braços o gosto inebriante do erotismo.

(...)

Que fique com o cuzinho piscando, fisgando, se abrindo e fechando, quando massageio delicadamente seu furico. Cuzinho bem limpo, piscando na ponta do dedo molhado com um pouquinho de cuspe é das sensações mais sacanas que um homem pode sentir: o moleque querendo meu cacete, se abrindo, excitado para engolir a manjuba toda. Gostosura assim, só dois homens podem sentir!

(...)

Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16 anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me importava a cor” (Luiz Mott, Meu moleque ideal)

2.   Paulo Stekel se utiliza também da controversa figura de Robert Spitzer para tentar validar seu devaneio intelectual sobre a não inclusão de gays no DSM. Mas quem é Robert Spitzer? Robert Spitzer, hoje na casa dos 80 anos, afirmou catedraticamente durante toda a sua vida produtiva que os gays podem sair deste estado. No entanto, o mesmo Spitzer vem sofrendo com o Mal de Parkinson (fato omitido pelo meu interlocutor num de seus muitos momentos de amnésia), doença conhecida por degenerar e matar os neurônios (hoje ele não consegue nem mesmo levantar a cabeça sozinho). Assim sendo, por que Spitzer defendeu algo a vida inteira e agora, aos 80 anos e sendo carcomido por esta terrível doença, anula tudo o que fez em vida dizendo que a terapia reparativa está errada?

Aliás, três procuradores do MP do Rio de Janeiro entraram com uma ação civil contra a proibição no dia 06/07/2012.

3.   Paulo Stekel continua sua insistente psicose de se achar perseguido por grupos homofóbicos nazistas cristãos. Ainda aguardo que ele me diga quantos cristãos matam homossexuais no Brasil. Ele também fugiu desta pergunta...

4.      Paulo Stekel, numa tentativa rasteira de macular o meu discurso, cita o episódio em que o pastor Malafaia foi julgado e ABSOLVIDO quando disse que a Igreja Católica tinha que “entrar de pau” nos homossexuais que ridicularizaram as imagens sagradas para os católicos. Veja abaixo trecho da sentença do juiz, que mostrando ser um verdadeiro entendedor da lei e exímio interpretador, diz que se alguém deveria ser punido é o movimento homossexual que infringiu a constituição, novamente ele se faz de vítima e, provavelmente, deve pensar que o juiz é homofóbico:

“Estabelecer meios legais não implica utilização de remédios judiciais para obstar a veiculação de programas que, no entendimento pessoal, individual de alguém, ou mesmo de um grupo de pessoas, desrespeitem os “valores éticos e sociais da pessoa e da família” até porque seria dar a este critério pessoal caráter potestativo de obstar o exercício de idêntica liberdade constitucional assegurada a outrem.

(...)

Através da pretensão dos autos, na medida em que requer a proibição de comentários contra homossexuais em veiculação de programa, sem dúvida que se busca dar um primeiro passo a um retorno à censura, de triste memória, existente até a promulgação da Constituição de 1988, sob sofismático entendimento de ter sido relegado ao Judiciário o papel antes atribuído à Polícia Federal, de riscar palavras ou de impedir comentários e programas televisivos sobre determinado assunto.

(...)

Diante disto, não pode ser considerado como homofóbico na extensão que se lhe pretende atribuir esta ação, no campo dos discursos de ódio e de incentivo à violência, pois possível extrair do contexto uma condenação dirigida mais à organização do evento - pelo maltrato do emprego de imagens de santos da igreja católica - do que aos homossexuais”

O Paulo Stekel disse que me utilizo de “sofismas”, no entanto, o juiz que deu o veredito da sentença contra Malafaia o inocentou brilhantemente (mostrou uma escrita fantástica além do acurado senso crítico) e chamou os autores da ação de “sofismáticos”. Deveria eu estar em dúvida quanto a quem é “sofismático”?

5.      Meu oponente cisma com a ideia de que o sufixo “ismo” na palavra homossexualismo denota doença, mas não cansa de dizer que os cristão pertencem ao “cristianismo”. Igualmente, ele mesmo disse na entrevista que o termo correto é “homoFILIA”, o que nos leva às diversas práticas terminadas com “filia”, dentre as quais destaco necrofilia (excitação com defuntos), pedofilia (excitação com crianças), coprofilia (excitação com fezes)... Aqui uma lista maior.

6.      Os homossexuais que querem sair da situação em que se encontram terão grande dificuldade caso a justiça permita que se cerceie a liberdade que ainda têm de procurarem profissionais ou religiosos para auxílio no afastamento do homossexualismo. Note que o meu oponente sugere que os gays não tenham liberdade, mas que sejam guiados pelo movimento. Consegue imaginar um nazista saindo do nazismo? A tão falada tolerância não é utilizada sequer entre os próprios homossexuais.

7.      A incongruência cognitiva do Stekel vai ainda mais longe ao criticar o cristianismo que tolera os homossexuais e defender o islamismo que os mata sumariamente (Ok to kill gays).


Em suma, nada tenho contra nenhum ser-humano, heterossexual ou homossexual. Todos são merecedores de respeito.

Respeito pessoas mas critico maus-caráteres, estilos e costumes, porque me prestam o direito à opinião quando tornam públicas as suas ações.

Não me coaduno com paradas gays. Não desviaria um filho meu a desgraçado ambiente porque não há nada ali para se aprender, nada de valor, nobre ou de estatura moral condizente com pessoas que possuem o mais ínfimo auto-respeito.

Nada tenho contra homossexuais. Expresso apenas o direito constitucional que me assiste de poder opinar ideológica, politica, religiosa e filosoficamente sobre o assunto público que me aprouver, sem que haja danos à minha integridade física e moral.

Os fatos que expus estão abertos ao exame e nos comentários poderão ser deixadas críticas ou mesmo contraprovas aos argumentos por mim apresentados.

Não estou, com meus argumentos, defendendo que se cale as vozes contrárias à minha. Pelo contrário, minha intenção é o debate honesto sobre direitos e os tão esquecidos deveres, para que não sejam escamoteados por meros aferros ou veleidades animalescas que somente encontram respaldo em imaginações ávidas por deleites lascivos, impudicos.

Portanto, para que haja o respeito mútuo, é necessário o respeito ao próximo. Respeito este que defendo e clamo ao me posicionar contrário não ao homossexualismo, porque nada me importa, me interessa ou me causa curiosidade o que se faz por detrás de portas fechadas, mas à publicidade que se dá ao ato e às cenas assaz bizarras que se mostram em praças públicas à luz do meio-dia, que justamente por não me dizerem respeito, não faço questão de ver ou conhecer.

Sou contrário a qualquer tipo de perseguição por causa de ideias pacíficas. Meus embates se dão e se darão no campo intelectual, jamais passarão disso.

Sou contrário à tentativa de calar os contrários. Admiro a frase do Blake: “Sem contrários não há progresso”. A contrariedade da coisa em si, no entanto, deve se manter no campo ideológico para que se evite que no futuro os “contrários” tenham medo de suas antagonias. Deixo, pois, a violência para quem só sabe se utilizar dela. Da minha parte, anseio e impetro pela paz.

Espero que meu opositor e sua trupe entendam e façam suas as minhas palavras.

3 comentários:

  1. Paulo Stekel
    (Coordenador Geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)


    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Sério msm cara, depois da lavada eu enfiaria a cara na privada e daria descarga

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  2. Vixe, isso parece uma guerra entre intelectuais (kkk) evangêlicos e militantes gays. Tô fora meu brother!

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