segunda-feira, 9 de julho de 2012

C&P x Paulo Stekel [Parte 2]



Pergunta 02: C&P


Longe de mim querer mudar o seu comportamento, mas, como você explica a cura homossexual, isto é, inúmeros casos em que homossexuais que queriam deixar o homossexualismo receberam apoio e mudaram completamente de vida?

Por que você acha impossível, já que há tantos casos de ex-gays e o que te impede de aceitar sua própria mudança?


Resposta Stekel

Onde estão os “inúmeros casos em que homossexuais que queriam deixar o homossexualismo receberam apoio e mudaram completamente de vida”? Você esquece a grande quantidade de “ex-gays” que reconhecem que tudo é uma lavagem cerebral das mais cruéis? Sérgio Viula (autor do livro “Fora do Armário”) não é o único exemplo de um “ex-ex-gay” que se deu conta da falácia da “cura gay”. É uma flagelação muito cruel e, por ser uma lavagem cerebral nada honesta com a verdade, deixa mesmo de ser cristã, a considerar o compromisso cristão com a verdade e o fato de um cristão legítimo não poder se valer de métodos sujos e subterfúgios para fins supostamente divinos.

O gays que acabam procurando ou aceitando as tais “curas” são pessoas em conflito exatamente pelo preconceito reinante em nossa sociedade, são pessoas angustiadas pela não-aceitaçõ que acabam sendo enganadas do modo mais vil, pois são levadas a pensar que podem deixar de lado uma parte de si mesmos, de como são, de sua individualidade, de sua identidade mesmo, para “representar” uma vida heterossexual que jamais poderão viver de verdade, já que sua natureza é diversa.

Não é só isso o que me impede de “aceitar a mudança”. Na verdade, não há mudança alguma a ser feita! O que religiosos anti-diversidade de orientação sexual estão tentando promover com seus argumentos é uma espécie de “eugenia social” com os LGBT. No preconceito contra gays vemos reflexos de todos os grandes preconceitos históricos que muito mal fizeram (e ainda fazem) a nosso mundo: contra mulheres, contra negros, contra judeus, contra ciganos... Ou seja, evidencia-se a incapacidade de respeitar, compreender, aceitar e incluir o outro, ainda que se pregue um discurso não-alinhado com a prática de “amor ao homossexual, ódio à homossexualidade”.


Réplica C&P

Ex-ex-gays não são os únicos doentes a terem recaídas. Entretanto, não foquei em ex-ex-gays, foquei em gays que procuram consultórios de psicologia e até mesmo igrejas cristãs em busca da cura para o problema. Sim, para você pode não ser, mas para eles é um problema.

Eles são obrigados, segundo o movimento gay no qual você se inclui, a conviver com a tristeza de se sentirem atraídos sexualmente por pessoas do mesmo sexo, reconhecendo todo o mal que advém desta prática e lutando para conseguirem vencer tais impulsos.

Eu realmente espero, Paulo Stekel, que você interaja com minha argumentação e não coloque palavras em minha boca como vem fazendo no decorrer deste embate.

Você se nega, ao lutar em favor da mordaça gay imposta a todos os que podem ‘curar’ essas pessoas de bem que buscam tratamento, os direitos que almeja para si mesmo. Isto é deveras egoísta, principalmente por se tratar de pessoas que como você, compartilham do mesmo gosto, muito embora alguns reconheçam ser um  ‘mau gosto’.

Veja bem, não quero impor aos gays que se sentem bem como gays que se submetam à cura, porque eu não imporia a um canceroso que se tratasse do seu câncer. Deixo claro que cada um deve fazer aquilo que quer desde que se submeta às leis justas.

O gays que acabam procurando ou aceitando as tais “curas” são pessoas em conflito

Eu gostaria que você me mostrasse um estudo sério que confirme suas palavras, porque, até que faça isso, considerarei achismo e conjectura, ou seja, palavras ao vento.

Se eu for seguir sua linha de raciocínio, posso dizer que gays são pessoas em conflito que não conseguem estabelecer um laço afetivo e sexual com o sexo oposto, buscando em alguém do mesmo sexo algo que falta em si. Evidência contrária se baseia em Kinsey, aquele mesmo homossexual que contratou pedófilos para descrever as experiências que tiveram com crianças... Kinsey é um dos maiores culpados pela retirada da doença homossexual do DSM, um pedófilo...

“É uma flagelação muito cruel e, por ser uma lavagem cerebral nada honesta com a verdade”

Sob qual autoridade você fala em nome dos gays que foram curados? Se você acha que isso não é “honesto com a verdade”, apresento relatos e provas sobre o que eu digo (note que não estou afirmando que não existam ex-ex-gays, antes que você me acuse).




Já se passaram mais de dez anos e durante todo esse tempo não houve recaídas ou indecisões. Eu compreendi que a atração pelo mesmo sexo decorre de um erro na nossa percepção psico-sexual e que resulta em um comportamento inadequado à nossa estrutura física e emocial. Também entendi que não é possível realizar-se completamente em uma relação com alguém do mesmo sexo. 

Você me inquire:

Onde estão os “inúmeros casos em que homossexuais que queriam deixar o homossexualismo receberam apoio e mudaram completamente de vida”?


Há dezenas de ex-gays firmes na fé e até ministrando para gays ainda professos nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina e no Brasil. Ultimato mesmo já publicou o testemunho de muitos ex-homossexuais, como os de Jeff Painter (março de 1983, p. 25), Simon Th. Dijkstra (junho de 1991, p. 26), Carlos Henrique Bertilac da Silva, Mike Hawkins e Paulo Roberto Parreira Figueira (setembro de 1995, p. 19) e da ex-lésbica canadense Patricia Allan (setembro de 1995, p. 20). Em fevereiro deste ano, a revista Vinde estampou na capa a foto e a declaração do jornalista João Luiz Santolin: “Eu fui gay”. A revista secular IstoÉ, de 15 de outubro do ano passado (p. 59) conta a história da conversão de três ex-homossexuais que chegaram a se prostituir como travestis: Antonio Chagas (ex-Taiane), João Carlos Xavier (ex-Carla) e Márcio Ribeiro (ex-Bianca). E a Folha de São Paulo, de 22 de fevereiro do ano em curso, publicou uma entrevista com o já citado jornalista João Luiz Santolin, fundador do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES), formado quase exclusivamente por homens e mulheres que viveram o homossexualismo e, agora, se propõem a ajudar aqueles que desejam vencer a compulsão sexual, seja homo ou heterossexual, por meio do conhecimento de Deus e obediência diária à sua Palavra (Caixa Postal 20.059 - 21022-970 Rio de Janeiro, RJ). O primeiro ex-gay a testemunhar para um público de 130 pessoas que participaram do III Encontro Cristão sobre Homossexualismo, realizado na cidade universitária de Viçosa, em Minas Gerais, de 11 a 14 de junho, foi o advogado argentino José Luis Maccarone. 

No próprio Google, uma rápida pesquisa retorna inúmeros resultados. Basta boa vontade e ser honesto consigo mesmo. Não acredito que você ainda incorrerá na ilusão de dizer que ex-gays não existem ou estão em conflito. Até onde pude ver, estão muito felizes.

Na verdade, não há mudança alguma a ser feita! O que religiosos anti-diversidade de orientação sexual estão tentando promover com seus argumentos é uma espécie de “eugenia social”

Não consigo me furtar de mostrar seu erro caricato ao se fazer de vítima (o leitor poderá verificar que você fez isso o debate inteiro), colocando-se como perseguido (que não é perseguido, como eu mostrei), colocando-se também como vítima (que não é vítima de nada, como também mostrei), colocando-se várias vezes também como se estivesse num Estado que promove uma “eugenia”, quando na verdade, os próprios gays promovem sua própria eugenia, já que, obviamente, não podem procriar entre si. Até nisso a natureza foi sábia. Vide definição do termo “eugenia”.

eugenia
(latim científico eugenia)
s. f.
Conjunto dos métodos que visam melhorar o património genético de grupos humanos; teoria que preconiza a sua aplicação. = EUGÉNICA

O que religiosos anti-diversidade de orientação sexual 
      
Não existe religiosos cristãos anti-diversidade. Outra mentira sua e provo que você está mentindo. Estou lhe desafiando a me mostrar onde, quando e qual líder religioso cristão no Brasil atual pregou a morte contra “as diversas orientações sexuais”.

Outra coisa, ninguém nasce “orientado” a isso ou aquilo. Orientação sexual sugere que se foi orientado por terceiros a determinado comportamento, outra prova do absurdo argumento de que o gay nasce gay. A natureza não age contra si.

Como eu já COMPROVEI (parece que você não quer aceitar...) não há ódio do cristão contra o homossexual, mas sim contra o homossexualismo expresso publicamente, como há também ódio cristão ao adultério, condutas depravadas de heterossexuais. Não vi ainda um marido que trai organizando grupos de maridos que traem e saindo às ruas traindo suas mulheres exigindo direitos iguais a quem não trai.


A máxima cristã, como você afirmou, mas não entendeu, confundindo amor com sexo, como é de praxe entre homossexuais, é: Amar ao próximo como a si mesmo.

Desconheço casos de cristãos que matam homossexuais apenas pela orientação sexual. Se houver, são casos tão ínfimos, que para cada um que você apresentar, eu apresento 20 de homossexuais que mataram homossexuais.

Cristãos têm o dever moral de respeitar a todos e mais do que respeitar, têm o dever de AMAR (diferente de fazer sexo) a todos. Se não faz isso, não é cristão. No entanto, é diferente amar uma pessoa e amar aquilo que ela faz. A mãe de um bandido continua amando o filho que foi preso por matar, mas odeia o crime que o filho cometeu. Não vá fugir do cerne da questão dizendo que estou comparando homossexualismo com homicídio, seja honesto.

Sejamos francos, Paulo. Cristãos aceitam até demais o homossexualismo e suas provocações mesquinhas e desrespeitosas...

Exorto o leitor a ler suas palavras, principalmente sua resposta abaixo, para que veja o nível da sua argumentação, os fatos que você omite, as distorções que você faz, as palavras que coloca na boca do interlocutor, a dificuldade que tem em interpretar textos, sua pose de vitima sem agressor e suas constantes falácias que elucidei com provas, links e fontes.

É a sua chance de ser sincero consigo mesmo e com o leitor que se dispôs a ler até aqui.



Tréplica de Stekel:

É muito triste perceber que a pessoa escalada para este debate comigo até que estava indo muito bem, até descambar para o “desargumento”, as críticas pessoais inflamadas, ao invés de deter-se no próprio debate. 

Já esperava isso desde a primeira pergunta, mas a esperteza do debatedor de C&P se manteve um pouco mais. Todas as acusações que ele me fez cabem a ele mesmo, e a principal delas é colocar palavras em minha boca. Não vou ceder a essas provocações, mas vou responder aos pontos mais polêmicos diretamente.

A maior parte dos contra-argumentos do debatedor de C&P são generalizações, frases de efeito, termos inflamados, visão egocêntrica e não aceitação das respostas deste debatedor como minimamente válidas, o que evidencia o radicalismo. Vejamos:

“Bom, percebo que somente eu estou interagindo com o debate. Você está mais preocupado com o discurso pobre e viciado do movimento homossexual e da autopromoção entre seus iguais. Você não foi capaz de interagir com o debate.”

Será que além dele mesmo alguém mais acredita que não houve interação neste debate? Ele realmente leu todas as minhas perguntas e respostas? Ele só vê o quer ver.

Se, na visão do debatedor de C&P, “as agressões aos homossexuais são praticadas pelos próprios homossexuais”, então, os LGBTs são as únicas pessoas que só sofrem de agressão dentro do próprio grupo, sem serem atacados por gente de fora? Os gays são mortos, em sua maioria, por outros gays? Que argumento pobre e ilógico! Que modo mais infantil de tentar provar que gays não são agredidos por heterossexuais homofóbicos!

O moralismo medieval do debatedor de C&P não o deixa ver que gays podem se reproduzir porque não são estéreis. Também não o deixa ver que gays e lésbicas podem, sim, ser pais sem que precisem ser casados, o que não significa que não haja AMOR neste processo. Há, contrariando a acusação fundamentalista, mais AMOR que SEXO! E, uma criança nascida nestas circunstâncias receberia muito mais AMOR que muitas crianças de casais heterossexuais que só conhecem a palavra SEXO... E, em nenhum momento sugeri um casamento “a três” para se ter filhos ou promiscuidade. Foram palavras colocadas em minha boca, algo que, aliás, ele mesmo me acusa de fazer.

Considerar a possibilidade de Davi e Jônatas terem tido uma relação homo-afetiva – algo que publiquei em meu blogue – não é desrespeito ao Judeu-Cristianismo. Afinal, muitos teólogos cristãos – especialmente dos EUA – escreveram sobre essa teoria, sem, com isso, estarem desrespeitando sua religião.

“Psicólogos têm sido perseguidos por tratarem os gays que desejam deixar tal situação constrangedora no meio social.”

Ninguém está sendo perseguido! A homossexualidade deixou de ser considerada doença e transtorno mental há décadas. Querer voltar à Idade Média da sexualidade é que é uma perseguição, e isso deve ser coibido, pelo bem da saúde psicológica dos LGBTs. Luto por isso, e sempre lutarei: não há doença gay! Ser gay não é doença, nem transtorno, nem perversão, nem imoralidade!

“Provei que homossexuais são mais propensos à promiscuidade e à pedofilia.”

Não provou absolutamente nada! Isso é puro preconceito e desconhecimento da psicologia humana e das tendências gerais dos seres humanos. Magno Malta veio pelo mesmo caminho, ao sugerir que aprovar o casamento gay seria legalizar a pedofilia. Acusação covarde e um total desconhecimento das estatísticas de pedofilia pelo mundo afora.

Você diz que “não aceito que se coloque os homossexuais numa categoria inferior”, mas considera todos os gays promíscuos, pedófilos e pervertidos; defende “o respeito e a tolerância” a homossexuais, mas os acusa de “promover” um “homossexualismo”, como se fosse possível “converter heterossexuais” à condição de “homossexuais”. Aliás, se você acha que existe “cura gay”, não seria o caso de aceitar que um heterossexual pode se tornar gay? Contradições...

“(...) provei que praticamente não há assassinatos motivados por diferenças de opção sexual no Brasil.”

Então, é o único país no mudo em que isso não ocorre? Francamente! Você não provou nada. Apenas vociferou argumentos ralos e baseados em contextos viciados por preconceito.

Quando utilizei o termo “homocausto” para me referir à crescente violência contra LGBTs no Brasil não o utilizei com o sentido original da palavra “holocausto”, de onde foi inspirado. Eu conheço muito bem a Língua Portuguesa e algumas outras, só para constar. O termo é utilizado por Luiz Mott em seus textos. Não sou porta-voz dele, mas imagino que o termo foi cunhado baseado nas seguintes semelhanças com a proposta nazista: um grupo considerado indesejável (o LGBT); um grupo considerado imoral e causa dos problemas sociais (o LGBT); homicídio cada vez mais metódico, um ato quase coordenado de assassinatos a um grupo como forma de erradicá-lo definitivamente (homofóbicos neo-nazistas); uma propaganda anti-gay na mídia feita por líderes (religiosos e políticos) que inspiram os que fazem o trabalho sujo (os assassinos homofóbicos). Creio que isso justifica o uso de “homocausto” como um símbolo para a crescente morte de gays motivada por noções de “limpeza de grupo”, assim como “holocausto”, a despeito de seu significado literal original, está à noção de “limpeza étnica”.

Enfim: a pedofilia não é praticada majoritariamente por gays, mas por heterossexuais; crianças criadas por gays não possuem estado mental psicologicamente abalado por serem filhos de gays – se isso ocorre é pelo preconceito da sociedade heterossexual contra elas e os pais; gays não perseguem quem é contrário ao “gayzismo” porque isso não existe – ninguém quer impôr nada a heterossexuais, nem à força, nem sutilmente; só queremos nossos direitos plenos equiparados aos de todos os demais na sociedade brasileira; um plebiscito para ver se os 90% de heterossexuais brasileiros aceitam que os 10% de homossexuais podem se casar é tão ilógico quanto se ter feito o mesmo para ver se a maioria branca é a favor ou contra a lei anti-racismo.

Defender a “cura gay” quando dois dos maiores apoiadores deste método de flagelação já o abandonaram é continuar na Idade Média. Me refiro a: Dr. Robert L. Spitzer, considerado por alguns como o pai da psiquiatria moderna, que reconheceu o erro da terapia reparativa, às vezes chamada de terapia de “conversão” ou “reorientação sexual”; a Exodus International, uma das maiores e mais antigas organizações religiosas a pregarem a "cura" da homossexualidade, que acaba de anunciar que o grupo deixou de oferecer "terapia reparativa" por intermédio de aconselhamentos e orações a quem possui orientação homossexual, porque não há comprovação de ser eficaz e porque não faz parte da "mensagem bíblica". Sem estes “pilares” a teoria da “cura gay” cai por terra em definitivo! E, você ainda me pede um estudo sério que confirme minhas palavras? Pois, Spitzer e a nova postura da Exodus são a melhor resposta!

E, não adianta defender o MOSES - Movimento pela Sexualidade Sadia, porque a hipocrisia deste grupo, fadado tanto quanto o EXODUS ao fracasso, já foi denunciada por Sérgio Viula, que esteve ali dentro e viu que a suposta “cura” é pura lavagem cerebral, hipocrisia e auto-flagelação.

“Kinsey é um dos maiores culpados pela retirada da doença homossexual do DSM, um pedófilo.”

Quando diz isso, você se contradiz, pois deixa escapar que o gays deveriam continuar sendo considerados doentes... Ao mesmo tempo, diz que não é contra a união civil de gays. Como pode? Considera gays doentes, que de praxe os gays só conhecem sexo e não e apoia que doentes casem entre si? Considera gays pedófilos em potencial e diz ser favorável à união civil deles? Estou pasmo com sua “capacidade” de argumentação!

“Não existe religiosos cristãos anti-diversidade. Outra mentira sua e provo que você está mentindo. Estou lhe desafiando a me mostrar onde, quando e qual líder religioso cristão no Brasil atual pregou a morte contra “as diversas orientações sexuais”.”

Apenas se um líder religioso pregar a “morte” de gays você vai considerá-lo um “cristão anti-diversidade”? 

Isso é preocupante! Não basta que ele não reconheça o LGBT como parte da naturalidade do mundo, tentando impedir que tenha direitos plenos, demonizando-o em seu discurso, diminuindo sua dignidade e mandando “baixar o sarrafo” nele? Pois o que Malafaia, Magno Malta, João Campos e Marco Feliciano, em maior ou menor grau, fazem, é exatamente isto!

“Outra coisa, ninguém nasce “orientado” a isso ou aquilo. Orientação sexual sugere que se foi orientado por terceiros a determinado comportamento, outra prova do absurdo argumento de que o gay nasce gay. A natureza não age contra si.”

Generalizações, argumentos de autoridade e conhecimentos contestáveis... Orientação sexual também pode sugerir que se ESTÁ ou se NASCEU orientado a determinado comportamento, sem que necessariamente o tenha sido por terceiros que, aliás, são em 90% dos casos, heterossexuais. Todos sabemos que casais heterossexuais orientam seus filhos a ser heterossexuais. Ponto.

“Sejamos francos, Paulo. Cristãos aceitam até demais o homossexualismo e suas provocações mesquinhas e desrespeitosas...”

Primeiro: não queremos a aceitação do homossexualismo porque ele não existe! O que existe é a homossexualidade.

Segundo: queremos, sim, de parte dos cristãos, o amor que tanto pregam. Queremos que nos respeitem como seres humanos que nascemos assim, não como aberrações, pecadores ou pervertidos, uma generalização comum entre cristãos fundamentalistas.

Terceiro: se, ao postularmos nossos direitos, o respeito e a inclusão na sociedade de modo pleno, isso é considerado uma provocação, então, que seja. Mas, tenha certeza de uma coisa: ela não tem nada e mesquinha e desrespeitosa. É um grito de liberdade de um grupo dizimado a casa dia neste país, e cuja dizimação é minimizada por radicais como você, que diz amar os gays, mas minimiza as causas do assassinato de muitos.

“É a sua chance de ser sincero consigo mesmo e com o leitor que se dispôs a ler até aqui.”

Tranquilo. Tenho certeza de que ambos fomos totalmente sinceros até aqui, e o público leitor é suficientemente inteligente para perceber as entrelinhas.


Para ler as considerações finais, 
clique aqui

Um comentário: